Trabalhadores do sistema público de Saúde, vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), manifestaram a insatisfação com a gestão federal nesta quinta-feira (10), em frente ao Hospital de Clínicas da UFTM, em Uberaba. O ato teve início por volta de 8h, com as pautas de recomposição salarial e melhorias no sistema de trabalho. Na região, o ato também aconteceu em Uberlândia, em frente ao HC-UFU.
De acordo com o documento assinado pelos representantes da categoria, os profissionais amargam a desvalorização do salário e não conseguem ser atendidos pela Ebserh. Eles apontam desprezo da organização para as reivindicações, que se arrastam desde 2017.
“Desde 2017, a Ebserh, tendo em vista um cenário de crise com pouquíssimo espaço para debate, se recusa a negociar com os (as) trabalhadores (as). Com isso, as negociações vêm sendo mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Mas desde que o atual governo assumiu, todas as negociações para reposição inflacionária dos salários e melhoria das condições de trabalho estão travadas. Os trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh amargam um congelamento salarial responsável pela perda de cerca de 20% do poder de compra da categoria”, manifestam em nota divulgada à imprensa.
Foi definido, então, o dia 10 de fevereiro como o “Dia Nacional da Luta”, com protestos em todo o Brasil. No Triângulo Mineiro, a Ebserh possui unidades no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC/UFTM) e no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU), com cerca de 3.500 trabalhadores.
A reportagem esteve no local e conversou com Larissa Fernandes, uma das representantes do movimento em Uberaba. De acordo com ela, foi ofertada uma proposta aos profissionais ontem, a ser contemplada em Assembleia Geral na segunda-feira (14). Porém, diante da expressa negativa da categoria, eles esperam que a empresa reavalie a tratativa e adeque às condições até o dia da reunião.
“Estamos na linha de frente na pandemia, e a nossa intenção é evitar a paralisação de serviços e que a empresa entre em acordo com os trabalhadores. Queremos a reposição dos salários sem a retirada dos direitos, como foi previamente oferecido pela Ebserh”, desabafou Larissa.
Caso contrário, o grupo planeja outras movimentações pelo Brasil, mas ainda não há data definida.
Caso contrário, o grupo planeja outras movimentações pelo Brasil, mas ainda não há data definida.
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