Atendimento a uma paciente internada no Hospital de Clínicas da UFTM virou caso de polícia, na manhã desta quarta-feira (26). Uma enfermeira registrou boletim de ocorrência contra uma das pacientes internadas no hospital relatando ter sido vítima de ameaças, xingamentos e quase agressões de maneira injustificada. O caso segue em investigação.
De acordo com o relato da enfermeira, a mulher é portadora de anemia falciforme e está internada há alguns dias no Hospital de Clínicas, mas nunca aceitou integralmente o tratamento oferecido pela instituição. Aos policiais, a vítima disse receber, diariamente, ofensas e ameaças como “vou arregaçar seus olhos”.
Nesta quarta, por volta de 8h30, a paciente teria continuado com os insultos, recusado os remédios e derrubado um equipamento médico de propósito, a fim de machucar a enfermeira.
Na versão dela, a denunciada afirma que sente fortes dores de cabeça e que, ao solicitar auxílio da equipe de enfermagem, foi negada e tratada com desprezo. Disse, também, que sentia fortes dores no braço e teria sido “abandonada” pela equipe médica.
Ela nega qualquer tipo de ameaça ao corpo de funcionários do HC e alega ter derrubado o equipamento por ter se levantado rapidamente.
Diante da negativa de receber tratamento, a paciente recebeu alta administrativa e se comprometeu a comparecer no Juizado Especial Criminal quando notificada. Os policiais militares permaneceram no local até que ela fosse embora, como medida de segurança.
O Jornal da Manhã acionou o Hospital de Clínicas para buscar maiores esclarecimentos sobre o ocorrido. Em nota, a instituição afirmou que a mulher apresentou “conduta não colaborativa” com a equipe e que a decisão da alta administrativa foi para resguardar a segurança do corpo médico e o sossego de outros pacientes. Confira a nota na íntegra:
“O Hospital de Clínicas da UFTM informa que a referida paciente estava internada sob cuidados da especialidade de Hematologia e Hemoterapia, tendo apresentado nesta manhã (26 de janeiro) conduta não colaborativa com o tratamento, recusando-se a aceitar medicações e realizar coletas para exames.
O comportamento, atos e as falas da paciente direcionadas à equipe assistencial motivou o acionamento da Polícia Militar e a decisão do Hospital em determinar alta administrativa para preservar a integridade dos profissionais e dos equipamentos do HC, além do direito ao sossego dos demais pacientes. Antes de deixar a unidade hospitalar, a paciente chegou a ser ouvida pela Ouvidoria da HC, não apresentando fatos que pudessem justificar o episódio.
O Hospital de Clínicas da UFTM lamenta o ocorrido e, pelo fato exposto, presta sua solidariedade à equipe assistencial.”
Visitas: 729000