O secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, informou nesta sexta-feira (17) que três casos de infecção pela variante ômicron do coronavírus foram confirmados na cidade. Ele participou, junto ao prefeito Alexandre Kalil (PSD), de evento que apresentava balanço das ações em saúde do Executivo municipal.

Os casos foram todos importados, sendo dois deles de um casal que tinha voltado da África do Sul, epicentro mundial da nova cepa, e de uma pessoa que esteve em Moçambique.

"A pandemia ainda não acabou. A gente não sabe o que vai acontecer com a ômicron, mas, com a população toda vacinada, vamos rir dela, como aconteceu com a delta", declarou o secretário.

Governo do Estado confirma infecções

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou que, dentre os cinco casos positivos para Covid-19 que estavam em investigação para a variante, três casos foram confirmados "a partir do sequenciamento genético realizado pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED)".

"Os três casos confirmados haviam sido notificados em Belo Horizonte e são pacientes procedentes Moçambique (1) e da África do Sul (2). Ao todo, são duas pacientes do sexo feminino e um do sexo masculino. Os casos já foram comunicados ao Ministério da Saúde", diz o texto.

"Quanto aos outros dois casos suspeitos de ômicron, as amostras seguem em análise com previsão de resultado dentro de cinco a sete dias úteis. Todos os casos são leves e os pacientes estão em isolamento domiciliar", acrescenta a pasta.

Outros três casos suspeitos são apurados pela SES-MG. "Apesar de não serem classificados como suspeitos, devido à vigilância estabelecida no estado, teriam as amostras sequenciadas por causa do histórico de viagens para os Estados Unidos (2) e Itália (1), e por terem testado positivo para covid-19 e apresentado sintomas leves até 14 dias do retorno para o Brasil", detalha a secretaria.

"Dois destes casos já tiveram as amostras analisadas e foi confirmada a detecção da variante Delta no caso com passagem pela Itália e em um dos casos com passagem pelos EUA". conclui.

Brasil

Conforme o Ministério da Saúde divulgou nessa quinta-feira (16), havia 19 casos confirmados no Brasil de infecção pela ômicron e cinco investigados em Minas Gerais.

O Distrito Federal confirmou, nesta sexta-feira, mais dois casos, mas o balanço mais recente do governo federal ainda não foi divulgado.

Kalil agradeceu aos servidores da saúde e afirma que manterá Comitê de Enfrentamento à pandemia

Durante o evento, Alexandre Kalil agradeceu aos profissionais de saúde da prefeitura e ressaltou que manterá o Comitê de Enfrentamento à Pandemia funcionando.

"Deixo minha gratidão aos mais de 20 mil profissionais que formam a rede mais robusta do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil Queria agradecer, principalmente, aos voluntários. O Carlos (Starling), o Unaí (Tupinambás) e o Estevão (Urbano) [Os três compõe o Comitê de Enfretamento à Pandemia de Covid-19 da prefeitura de Belo Horizonte]. Muito obrigado. Muito obrigado por tudo. Não estou dispensando o Comitê porque [eles me] falaram que não acabou a pandemia", ressaltou.

"Eu também chorei. Eu perguntei várias vezes a Deus porque ele fez isso comigo. Eu não sabia que é na tragédia que a gente tem pulso. Eu já passei por crise em futebol, em empresa, mas tomar conta de tanta gente desguarnecida...Viva o SUS de Belo Horizonte porque o SUS de Brasília está nas mãos de negacionistas. Vieram aqui aprender, mas não aprendem nada, porque burro não aprende nada. Gastamos R$ 1 bilhão e meio somente com a prefeitura. Estamos abandonados. Quem quiser colocar a mão no bolso, que o faça", concluiu.