Falta de combustível começa a afetar postos na Grande BH
Publicada em 26/02/21 às 18:34h - 123 visualizações interhits.com.br
Os postos de combustíveis da Região Metropolitana de Belo Horizonte seguem lotados na tarde desta sexta-feira (26). Alguns já começam a registrar falta de combustíveis. Outros se aproveitaram do aumento na demanda para também aumentar os preços.
Por volta das 16h, um posto de combustíveis que fica na avenida Carlos Luz, no bairro Caiçara, só tinha álcool.Do outro lado da mesma avenida, um outro posto não tinha nenhum combustível. Segundo o gerente, em oito horas, foram vendidos 10 mil litros, o que costuma acontecer em dois dias.
A coordenadora de qualidade Luísa Dias contou que em Contagem, na Região Metropolitana, já não havia mais etanol nesta tarde em pelo menos quatro postos de combustíveis, na região do Eldorado e bairro Amazonas. "Já não tem mais álcool em muito posto", falou.
Filas também foram registradas em Ribeirão das Neves e em Betim. A enfermeira Tatiana Alves encarou longa espera em um posto no bairro Decamão, em Betim, para não ficar sem combustível. "Eu consegui, mas foram duas horas na fila", contou.
O Sindicato das Empresas Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas disse que dois mil caminhoneiros que fazem o transporte paralisaram as atividades no estado. Não há previsão para a volta.
Na quinta-feira (25), houve protesto na Região Metropolitana. A categoria pede ao governo do estado a redução do ICMS. E diz, ainda, que o custo final do combustível depende da política de preços da Petrobras.
O último reajuste autorizado pela estatal foi em 18 de fevereiro, o quarto do ano, quando a alta do litro da gasolina já chegava a 34,78% desde janeiro.
Com a paralisação dos tanqueiros e aumento na procura pelos combustíveis, tem aqueles que estão aproveitando para aumentar os preços, como um posto de combustíveis na Avenida Antonio Carlos, próximo à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Também houve registro de reajustes nos preços em um posto do bairro Santa Mônica, na Região de Venda Nova, e na Avenida João XXIII, no bairro Alípio de Melo, na Região Noroeste.
O Minaspetro, sindicato que representa os donos dos postos admite que os comerciantes já estão sentindo as dificuldades com a greve dos tanqueiros. A categoria já recebeu informações de alguns revendedores sem produtos nas bombas. Ainda de acordo com o Minaspetro, a situação mais grave no estado se concentra na Região Metropolitana.
"Pelo fato de Minas Gerais ser um estado enorme, a realidade é diferente nos quatro cantos. Norte de Minas tem a própria base, assim como o Triângulo Mineiro. A Zona da Mata pode puxar combustíveis das bases cariocas, enquanto o pessoal do Sul de Minas recorre à Paulínia, em São Paulo", diz a nota.
O sindicato disse ainda que é “solidário” às demandas do Sinditanque-MG pela redução do imposto, mas que entende que este não é momento para greve.
para esse horário
Visitas: 728108
