A bactéria Enterobacter cloacae, causadora das em 2018, voltou a ser centro das atenções dos órgãos de saúde após a confirmação da infecção bacteriana no no Hospital Regional no final de janeiro. O caso segue em investigação pela Vigilância Sanitária de Minas Gerais.
Contudo, em entrevista à Rádio JM na manhã desta quarta-feira, 24, o diretor do Hospital Regional José Alencar, Diego Amad Reck, descartou a possibilidade de infecção do paciente nas dependências hospitalares. Ele também garante que em três anos (marca dos óbitos dos bebês) o HR não registrou novo caso de infecção pela bactéria.
“O que tem que ficar claro é que os casos de 2018 não têm nada a ver com o caso atual. É a mesma bactéria, mas em situação diferente. Nenhum outro paciente do hospital, em 3 anos, teve infecção pela bactéria. Ela não foi adquirida pelo paciente manauara dentro do hospital porque ela não está circulando no hospital. Isso levanta a suspeita de que o paciente veio de Manaus já colonizado com a bactéria”, informa o diretor.
Questionado, Diego Amad comunicou que a Enterobacter cloacae é uma bactéria que está presente na flora intestinal de todas as pessoas, mas pode se tornar perigosa caso o sistema imunológico do corpo esteja comprometido. Esse é o caso da infecção por covid-19, que prejudica a resposta imunológica e facilita a proliferação de bactérias “oportunistas”, conforme adverte Diego Amad.
A Vigilância Sanitária de Minas Gerais continua investigando a morte de um paciente de Manaus em Uberaba. O órgão trabalha com a hipótese de que a bactéria seja a culpada pelo óbito no final de janeiro.
Segundo depoimentos da família, o paciente saiu de Manaus com quadro estável, e cerca de 25% do pulmão comprometido. Aqui, sua situação foi agravada e o hospital registrou a presença da Enterobacter cloacae no corpo.
O diretor do HRJA esclareceu que o paciente manauara deu entrada no hospital com quadro clínico grave, e precisou ser internado para acompanhamento. De acordo com os exames feitos em Uberaba, o homem estava com 70% do pulmão comprometido. Exames práticos foram realizados e o hospital confirmou infecção pulmonar em estágio avançado.
“Os exames que foram feitos fazem parte do nosso protocolo oficial. Foi dito que ele chegou com 25% do pulmão tomado, mas não é a realidade. Ele chegou com uma tomografia que mostrava 70% do pulmão prejudicado, com consolidações. O que significa que o paciente já tinha infecção bacteriana em andamento no pulmão. Naquele momento, não conseguimos dizer qual bactéria poderia ser a culpada, e por isso abrimos protocolo para achar o foco da infecção do paciente”, declarou o diretor.
Diego Amad também revela que não teve acesso aos exames e documentos de internação do homem antes de chegar em Uberaba. A direção não sabe se a tomografia que apresentava 25% do pulmão tomado foi realizada no local de origem ou não.
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