Os leitos de UTI para Covid no Acre estão lotados. Com sintomas da doença, o autônomo Erick Assis aguardava atendimento, enquanto a mãe dele passava por exames. O pai precisou ser internado. “Triste. Nunca imaginei que iria acontecer isso com a família toda. Hoje meu pai teve que vir para cá, com falta de ar”, conta Erick. A sobrecarga no sistema de saúde acompanhou o aumento do número de casos de Covid em todo o Acre desde o começo do ano. Imagens mostram a UTI do Pronto-Socorro de Rio Branco. Todos os 10 leitos destinados a pacientes de Covid estão ocupados. O mesmo acontece no Into, o maior hospital de campanha do Acre, com 50 leitos de UTI, e também em Cruzeiro do Sul, onde o hospital do Juruá, tem mais 20 leitos. “O profissional muitas vezes tem que escolher quem vai ocupar a vaga ou não. Às vezes tem paciente com todo um prognóstico favorável de vida, jovens, e que estão sem vagas para terem suas necessidades atendidas”, explica o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre, Guilherme Augusto Pulici. Segundo o Sindicato dos Médicos, também faltam profissionais de saúde para atender a população. A Secretaria de Saúde do Acre anunciou nesta segunda-feira (8) a instalação de mais de 10 leitos de UTI em Cruzeiro do Sul, e que outros 30 serão montados em Rio Branco até sexta-feira (12), mesmo prazo em que o estado pretende instalar uma nova usina de oxigênio para garantir a capacidade de abastecimentos dos hospitais. Desde o começo do mês, o governo decretou fase vermelha em todos os 22 municípios do estado. Isso só tinha acontecido em março do ano passado. Nesta fase mais restritiva, academias, bares e parques públicos não podem abrir. O governo do Acre declarou que vai pedir apoio do governo federal para contratar mais profissionais de saúde.
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