O grupo jihadista Estado Islâmico lançou mais de 100 ataques na região Nordeste da Síria no último mês, além de ações noturnas de violência em muitas cidades e vilas.
O pesquisador sírio Ali* (o nome dele e da organização na qual atuam foram modificá-los por questões de segurança) tem compilado dados sobre os ataques, e identificou suas diversas formas.
“Decapitações, bombas, motoqueiros suicidas, assassinatos e sequestros. Isso numa pequena área ao leste da cidade de Deir al-Zour.”
Ali afirma que os civis ficam mais vulneráveis depois que o Sol se põe, momento em que combatentes do Estado Islâmico atuam naquele que está se tornando rapidamente um vácuo de segurança.
“À noite, eles estão com medo e acabam nas mãos de combatentes do EI. Eles costumavam ir às autoridades em busca de proteção, mas ninguém reage. Eles sempre ouvem que não há armas suficientes para combatê-los, então eles evacuam. Após o pôr do sol, todos os soldados ligados às SDF [Forças Democráticas da Síria] deixam a cidade."
Amira* (também um nome fictício) tem parentes na SDF, uma força liderada pelos curdos que liderou a luta contra o Estado Islâmico na região com o apoio de uma coalizão liderada pelos EUA, expulsando-a do território que os jihadistas haviam capturado e controlado.
Segundo Amira, sua cidade é agora um lugar assustador depois que a escuridão cai.
“À noite, a área em que vivo está quase sob o controle dos integrantes do Estado Islâmico. Eles se movem atacando casas e ameaçando pessoas. É assustador, já que as SDF quase não têm controle sobre a cidade à noite. Mas isso acontece também durante o dia. Não há dia que passe sem que uma ou duas pessoas sejam mortas."
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