A covereadora do Quilombo Periférico do PSOL na Câmara de São Paulo, Samara Sosthenes, registrou um boletim de ocorrência na noite deste domingo (31) após um homem armado em uma moto ter parado em frente a sua casa no sábado (30) e disparado para o alto. Ninguém ficou ferido.
Samara, que é travesti e líder de movimentos sociais, acredita que o crime teve motivação política e de gênero. Outras duas parlamentares transexuais do PSOL em São Paulo sofreram ameaças na última semana, a mesma em que é comemorado o dia da visibilidade trans.
"Foram na mesma semana os três ocorridos. Comigo, com a Carolina Iara e com a Erika Hilton. Na semana de visibilidade trans, onde a gente teve agendas conjuntas, fez muitas lives", disse Samara ao G1.
A covereadora afirma que estava na casa onde mora com a mãe na região do Guarapiranga, no Extremo Sul da capital paulista, quando um homem de capacete e máscara em uma moto parou em frente à residência, sacou uma arma e disparou para o alto. Embora a rua não possua câmeras de segurança, Samara afirma que uma testemunha presenciou o momento em que o motociclista disparou e depois fugiu em alta velocidade.
"É uma rua bem tranquila e sem saída. Só com casas, como se fosse uma vila, e cheia de árvores do outro lado. Nunca aconteceu algo desse tipo", diz.
O boletim de ocorrência foi registrado no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) como disparo de arma de fogo. O crime de ameaça poderá ainda ser investigado.
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