O governo enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o plano nacional de vacinação contra a Covid-19. O documento se tornou público no sábado (12) e deve ser apresentado para a população nesta semana.
Veja os principais pontos:
O plano nacional não apresenta uma data específica, mas diz que haverá vacinação de grupos prioritários no primeiro semestre de 2021.
O Ministério da Saúde informou que a definição de uma data para iniciar a vacinação depende de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o registro das vacinas. Até o momento, nenhuma empresa, nem mesmo as que estão em fases finais de testes, pediu registro à agência.
De acordo com o documento, as primeiras pessoas a ser vacinadas contra a Covid-19 fazem parte de grupos prioritários, considerados mais vulneráveis ou mais expostos à doença. Os grupos foram divididos em fases.
Primeira fase
Na primeira fase, considerando uma perda de 5% na manipulação do produto, são estimadas 29.909.040 de doses. Cada pessoa tomará duas doses.
Segunda fase:
Na segunda fase, considerando a perda de 5%, são estimadas 44.830.716 de doses.
Terceira fase
Número de doses estimadas, considerando a perda: 26.590.034.
Quarta fase
A estimativa de doses a ser usadas na quarta fase é de 7.012.572 .
Estimativa do governo é vacinar 51 milhões de pessoas inicialmente.
O plano diz que, após as pessoas consideradas de grupos prioritários, as demais poderão ser vacinadas.
Para as 4 primeiras fases, o governo planeja usar doses da vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
O governo tem acordo para receber 100, 4 milhões de doses dessa vacina até julho de 2021.
O documento cita que o Brasil também tem acordo para aquisição de 42,5 milhões de doses do consórcio Covax, coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Covax, a OMS disponibiliza vacinas à medida que forem aprovadas para uso, independente do laboratório desenvolvedor.
O governo também afirmou que o Brasil já está em negociação para obter 70 milhões de doses da vacina da Pfizer.
O plano lembra que o governo tem orçamento reservado para a compra de outras vacinas em fases de testes e cita 13 delas como "candidatas", como a CoronaVac, do laboratório Sinovac, que será produzida pelo Instituto Butantan.
O governo estima que inicialmente o país contará com 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 ao longo de 2021:
O governo ressalta que outras vacinas poderão ser compradas ao longo do ano, a depender de autorizações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O eixo de logística do plano trata de recebimento, armazenamento, envio e distribuição de insumos para vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, a logística é feita por uma empresa terceirizada.
O governo dispõe de um de complexo central em Guarulhos (SP), ao lado do aeroporto da cidade paulista. A estrutura ainda conta ainda com outras três sedes (Brasília, Recife e Rio de Janeiro).
O ministério informou que conta com uma frota de 150 veículos "refrigerados". O plano cita a entrega de insumos por rodovia para: Santa Catarina, Espirito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais e demais estados em um raio de 1.400 km.
Também há previsão de envio por avião para pontos distribuição, de onde o material seguirá por rodovia. No Nordeste, Recife receberá o material levado por aviões.
No Norte, o governo tem acordos com as companhias aéreas Azul e Latam, além de companhias de aviões cargueiros particulares, com entregas em Manaus, de onde segue para Rio Branco, Porto Velho e Boa Vista. Também será enviado insumo por avião para Belém, seguindo até Macapá.
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