Por causa da pandemia causada pelo coronavírus, as ocorrências de estelionato praticadas pela internet cresceram 124% de janeiro a outubro deste ano. As pessoas passaram a comprar veículos em sites de leilão e multiplicaram-se as páginas falsas. A possibilidade de pessoas físicas promoverem leilões pela internet também facilita a atuação dos criminosos.
Só em uma das investigações da Polícia Civil, a Cyber Lance, realizada no início de novembro, mais de mil sites fraudulentos foram identificados e os prejuízos passam de R$ 50 milhões.
“Quem está por trás desses golpes faz parte de uma verdadeira organização criminosa, com pontos em várias partes do Brasil. Os sites são identificados, mas eles vão mudando alguns pequenos detalhes nos domínios para continuarem funcionando. Infelizmente tem muita gente sendo vítima desses delitos”, frisou o delegado Glauco Seguro, de Carangola, na Zona da Mata.
No fim de outubro, ele participou de uma operação, a Falso Martelo, que visou a desmantelar um grupo que pode ter causado prejuízos de R$ 1 milhão em moradores de várias cidades brasileiras. As investigações tiveram início no Distrito Federal.
Glauco Seguro reforça a necessidade de se pesquisar sobre os sites e desconfiar sempre. “Os criminosos usam artifícios que acabam ‘conquistando’ a vítima, até usar comparsas para dar lances, estimulando a pessoa a dar uma oferta cada vez maior”.
Presidente do Sindicato dos Leiloeiros de Minas Gerais (Sindilei), Gustavo Costa Aguiar Oliveira diz que, desde o início da pandemia, muitas vítimas de golpistas procuraram a entidade relatando os crimes. “Muitas também não tinham depositado o dinheiro e, nesses casos, conseguimos ajudar a descobrir a fraude”.
Confira as dicas de precauções dadas pelo sindicalista:
Checar o nome do leiloeiro e se ele está registrado na Junta Comercial;
verificar o edital do leilão que traz as regras de participação
Pesquisar a reputação do leiloeiro
Vistoriar os bem pessoalmente e só fazer depósito em conta bancária em nome do leiloeiro nunca em nome de empresas ou de terceiros;
O nome do site também é indicativo se é uma fraude. Geralmente, segundo o representante do Sindilei, o domínio não traz a extensão “.br”.
*Com informações Hoje em Dia
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