Após ser internado em um hospital particular de Anápolis, a 55 km de Goiânia, com dores no peito e fadiga, João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, teve piora no quadro de saúde e precisou ser transferido para o Hospital Sírio Libanês, em Brasília. O advogado que o representa em processos na Justiça por crimes sexuais, Anderson Van Gualberto, explicou que o cliente sofre de problemas cardíacos.
Condenado por abusar sexualmente de mulheres durante atendimentos espirituais, João de Deus ficou preso entre dezembro de 2018 e março de 2020, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Porém, foi solto em março deste ano para cumprir a pena em regime domiciliar pelo alto risco de contágio da Covid-19 no presídio.
Ainda de acordo com o advogado, o paciente foi internado na sexta-feira (23), em Anápolis, e levado a Brasília ao final da noite do mesmo dia em "decorrência de problemas cardíacos crônicos". O defensor acrescentou que "neste momento, não há previsão de alta médica".
À TV Anhanguera, o Hospital Sírio Libanês informou que João de Deus não está com Covid-19, "é paciente cardiológico e oncológico". A unidade de saúde disse ainda que ele tem "quadro estável, mas requer internação".
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), não há registro de autorização judicial para que João de Deus saísse do perímetro ao qual está autorizado, como aconteceu com transferência dele para Brasília.
No entanto, também de acordo com o órgão, em casos de saúde essa comunicação pode ser feita posteriormente. A defesa confirmou que é essa a estratégia adotada.
"O procedimento para esta situação de emergência não segue o rito comum. Quando ele passou mal, informamos ao juiz e ele comunicou ao monitoramento eletrônico. A justificativa será posterior com a apresentação das guias de internação e atendimento médico. Situação de urgência não suporta aguardar uma decisão, mas o magistrado de Abadiânia está ciente e acompanhando o caso, bem como a Agência Prisional do Estado de Goiás", disse o advogado.
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