O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou uma carta ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta quinta-feira (15), pedindo que o governo federal compre a primeira vacina contra Covid-19 que ficar pronta e for aprovada pela a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O pedido ocorre após o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmar ao G1, na noite desta quarta-feira (14), que o governo federal não liberou dinheiro para a compra da vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
A gestão João Doria (PSDB) tenta negociar para que a CoronaVac receba verba federal para ser distribuída para todo o país pelo Sistema Único de Saúde (SUS), caso seja comprovada sua eficácia na terceira fase de testes.
Até o momento, o Ministério da Saúde fez acordos para garantir a compra da vacina da empresa AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, e com a vacina do Covax, consórcio global de vacinas contra o coronavírus.
Em nota, o ministério afirma que "o imunizante que ficar pronto primeiro – o que significa atender todos os critérios de segurança e eficácia exigidos pela Anvisa – será uma opção para aquisição".O pedido dos secretários estaduais é para que o governo se comprometa a comprar a primeira vacina que for aprovada pela Anvisa. O Conass argumenta que a CoronaVac pode ficar pronta antes da vacina de Oxford e da vacina obtida por meio do Covax, que foram as duas frentes anunciadas pelo governo.No ofício, o conselho solicita "a adoção das medidas necessárias e imediatas para incorporação ao programa nacional de imunização das vacinas para Covid-19 produzidas pelo Instituto Butantan, em parceria com a empresa farmacêutica Sinovac".Em entrevista ao G1, o secretário de SP disse que a compra de doses adicionais, além das 61 milhões já garantidas pelo governo estadual, será "inviável" sem esses recursos.
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