Depois de um tombo histórico de 9,7% no segundo trimestre de 2020, o repique positivo previsto para a economia no terceiro trimestre não é motivo para comemoração, dizem economistas consultados pelo G1. O alento é que dados de atividade divulgados nesta terça-feira (1º) dão direções mais certeiras para entender e encaminhar a recuperação da economia à frente.
As pesquisas mensais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) davam conta de um curso de recuperação acentuada entre abril e junho, trazendo para mais perto dos patamares pré-pandemia do novo coronavírus. E parte do problema é esse: o Brasil continuará 'abaixo' de uma economia que já não vinha em momento de crescimento expressivo.
De acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o PIB do terceiro trimestre deve avançar 5,8% em relação ao anterior, mas vir 5,5% abaixo do mesmo período de 2019.
Três fatores estão no radar dos economistas para o trimestre que se fecha em setembro: a manutenção da economia em funcionamento – sem novos chacoalhões causados pela pandemia –, os efeitos das transferências de renda no consumo e a sustentabilidade de um ambiente econômico favorável, com juros baixos e gastos responsáveis.
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